quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Suh, e o que não saiu...

Eu não sei bem o que é isto. Este nunca saber de nada. Já escreveu sobre mim? Acho que não, disse a ela. Eu pensei em esvaziar, dizer tudo. Suh. Eu tenho uma amiga, e ela me pediu conselhos sobre o namorado idiota. Eles não vão saber disso, não tem problema dizer. Não sinto nada, nada de diferente. O que eu preciso dizer?
A cadeira é confortável, dura, velha, e de ferro. Eu não quero dar explicações, editar, queria escrever algo novo, algo que tirasse de mim todo o veneno que circula pelo meu sangue. Ela não sabe quem é, por que esta mudança ocorreu. As vezes ela parece um mistério, as vezes é só uma garota curtindo o Halloween. Momentos que parece diferente, interessante, mas normalmente não. E eu não sei exatamente o que acontece. A minha melhor amiga está dois anos na minha frente. Talvez somente ela seja minha amiga, talvez eu esteja dormindo na parede fria daquela padaria no centro de São Paulo. Mas não se encante. Eu fui visitar um velho amigo, já velho e esquecido. Não lembro de nada. A tristeza de não saber o que escrever. Um dia eu vou estudar muito sobre tudo isso, esse mundo da literatura. Vou escrever contos, poemas, ensaios, peças de teatro, artigos, cartas, e tudo mais o que aprender. Eu gosto de literatura, só não a conheço bem.
Está bom aqui, as letras paradas, o cursor piscando, a tela branca e a noite escura. Mas não vou poder dormir aqui, vou ter que voltar para casa, infelizmente, ver algo na tv, perder tempo. Dormi até as onze, perdi a aula de química. Eu gosto de química. Arrumei algumas coisas, cozinhei algo, levei para arrumar, enrolei, comi um lanche, bebi algo ruim. Informei-me de coisas inúteis, corrigi meu futuro amarelo, li sobre metanfetamina, observei a fumaça. Conversei com a garota que não sabem quem é, tomei banho. Sentei, e senti saudade daquele meu amigo, há muito tempo não o visito. Saudade daquele sítio, daquele clima frio.
Não preciso dizer mais nada, não adiantou muito. A continuação? Continuo nosso texto depois. Suh? Ela é incrível, irei morar com ela logo, na casa alugada, velha, conseguimos dinheiro para isso. Até isso, vamos beber, sobretudo para esvaziar-me e desaparecer com qualquer um que se aproxime de nós.

Nem pão, nem leite

Pensei em escrever. Há muito tempo isso não acontece de fato. Os anos passaram, algumas coisas mudaram e outras não. A civilização continua...