Pensando...

A toda hora ele estava pensando em algo. Sua mente não parava um instante. Ele não conseguia parar de pensar. E isto o deixava irritado, muito irritado.
Mas isto aconteceu no começo ele me disse. No tempo em que ele começou a pensar realmente. E já faz algum tempo. Agora ele diz que não se preocupa mais com isso. Que está tranquilo, em paz consigo mesmo. Sua mente já não é a mesma. E também não adiantava ele querer aquele conforto mental que tinha antes, que ele não o teria mais. Não adiantava mais se preocupar, se era de madrugada e ele queria esvaziar ideias de sua mente escrevendo. Mas ele se acostumou com essas suas manias estranhas. Este era ele.
Este meu colega me ajudou muito, sabe? Ele que me fez ver as coisas com outros olhos. A ver um novo mundo. A ver a vida. Para mim, ele parecia um filósofo. E era. Disse assim um dia pra mim: "A única coisa de que precisamos para nos tornarmos bons filósofos, é a capacidade de nos admirarmos com as coisas." Gosto desta frase.
Acho que falei bem dele. Gosto de contar estas histórias. Mas todo esse negócio de pensar sem parar, as vezes cansa. "Tem horas que dá vontade de se desligar do mundo, né!" ele dizia. Eu o entendia. Aquela vontade de por um instante de esquecer de tudo, parar de pensar...dar um tempo de tudo isso. Eu até queria dizer mais coisas, mas acho que to precisando deste "tempo", pra descansar um pouco. Então, até logo...

Estranho...

  "Que bom seria se eu escrevesse tão rápido meus textos como a minha mente os faz". Esta frase um amigo meu disse pra mim em uma de nossas conversas. Bom amigo. Contarei para os senhores um pouco desta sua característica estranha. Não desista de ler.
  Um ótimo escritor. Pra mim, ele tinha um grande futuro. Mas ele não gostava muito de seus textos. Sempre que os lia, sentia que não estava tão bom quanto queria. Era raro quando ele gostava de um texto seu. Dizia pra mim que só quando ele lia o texto e este te deixava bem, é que o texto estava bom. Mas não é essa característica que quero falar. A que quero falar, até ele dizia que era curioso e estranho. Era realmente estranho. Vamos a ela.
  Havia momentos em que tudo que é coisa que ele pensasse, se transformava em um texto na sua cabeça. Tudo começava com uma frase. Depois ele ia pensando e escrevendo aquele texto em sua mente, pouco a pouco, mas rapidamente, até terminar em alguns minutos.
Depois ele dizia pra mim: "Ficaria um ótimo texto até, se eu lembrasse o seu começo", e riamos daquilo. Depois ele falava o que eu já disse no começo.
  Na ultima visita que fiz a ele, dei a ideia de usar um gravador. Então ele poderia ir pensando e falando. Depois era só passar tudo para o papel, dar uma arrumada, e estava feito. Ele gostou da ideia, mas disse que iria demorar a colocar em prática, coisa dele.
O que achou? Interessante não? Característica de um escritor ou de uma mente confusa? Só sei que eu acho aquilo estranho mas incrível ao mesmo tempo.

Um pouco sobre sentimentos em palavras...

   Passar sentimentos através de palavras. Uma arte que poucos conseguem fazer. E é algo incrível.
O que eu posso dizer sobre isso? Que é um sonho para mim. Uma coisa que espero conseguir fazer mais vezes. Porém neste texto, acho que infelizmente não vou conseguir.
   Mas digo isso porque algumas vezes já escrevi textos assim. E quando isso acontece, não se para pra pensar. As palavras simplismente vão saindo de uma forma tão natural de dentro de nós e pouco a pouco ganhando forma no papel.
   Quando isso acontece é muito bom. Como se você que ta escrevendo, estivesse viajando nas nuvens. Como se estivesse escrevendo de olhos fechados, né? Eu acho que já senti isso uma vez. Mas foi estranho e rápido. Mas acabou quando ouvi um barulho e de repente, saí daquele mundo, como se tivesse voltado para a realidade com aquele som. Um choque repentino. Foi muito estranho mas ao mesmo tempo muito interessante.
   Creio que agora a realidade me chama novamente e infelizmente terei que ir. A sensação já não é mais a mesma. Até mais....