sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Eram apenas bobagens ditas...

"Mesmo tendo algumas dificuldades, ele vai tentando e aos poucos conseguindo. Mas existem momentos, em que ele volta para modificar o que passou, para depois continuar aquela obra. Outros ainda, em que ele olha para frente, observa o que esta acontecendo, e lentamente, inclinado a cabeça para baixo, volta a fazer aquilo que fazia tão bem, mas que não sei como. A perfeição era tamanha que sem motivo, ele a fazia, e com grande rapidez. De vez em quando se atrapalhava um pouco, mas com calma, diminuía o ritmo, observava o que estava fazendo, e prosseguia.
 

É estranho falar desses fatos, quando pouco se sabe deles. Mais se pensa e para, do que mesmo se escreve. E na maioria das vezes, fica tão confuso o que foi dito, que nem se sabe sobre o que falou. Se foi o de sempre ou mudou. O de sempre é rotineiro, e isto incomoda. O novo é melhor. Mas, se no modo de fazer, ele  inovou, da próxima vez ele pode mudar o "sobre".

Muitas vezes, o estranho é 
tão bom quanto o simples. Não entendo o por quê, mas as pessoas gostam do estranho. Mas dos que ele fazia não. Porque só ele entendia aquilo que ele escrevia, pois só ele mesmo sabia o que se passava em sua louca mente. Felizmente, ele não achava tão ruim isso. 
Ele precisava fazer aquilo por motivos fúteis, mas que ao mesmo tempo, eram tão bons, que faziam ele lembrar o quanto é bom, fazer letras e palavras irem se criando e deixando suas vidas numa pequena folha de papel. Sem querer, aquela antiga sensação, regressava em sua mente, e aquele prazer estranho e minúsculo voltava a vida. Ele não entendia o por quê, daquilo fazer bem a ele. Eram apenas bobagens ditas, num pedaço de papel em branco, mas que faziam tão bem a ele, que ele não entendia e ficava pensando e dizendo: COMO???

Depois de tudo isso, daquela viajem a 
não sei aonde, tudo desaparecia. Restava apenas a lembrança duma sensação estranha e louca. Momentos que vão e voltam, mas que agora ele precisava se despedir, porque  era tarde, e eles já estavam indo embora, como ele também. Mas posso dizer, foi uma pequena e bela viajem..."

Depois de ler, coloquei aquela folha de volta a mesa dele, e fiquei sem palavras. Ele me dizia que queria que alguém lesse aquilo, porque ele achava engraçado esta sua louca história. Para rir com ele acho. E também pensar como aquilo surgia. É o que estávamos fazendo. 

Rindo, bebendo, pensando, tentando entender o que é deste mundo louco.....

Nem pão, nem leite

Pensei em escrever. Há muito tempo isso não acontece de fato. Os anos passaram, algumas coisas mudaram e outras não. A civilização continua...