domingo, 28 de abril de 2013

"Talvez não precise disso..."

Uma boa ideia em um segundo. Será que um segundo pode modificar o destino dos que estão por vir? Creio que isso só será respondido quando se ver acontecer. Mas pare, não é algo que precise de muita exposição. Só achei que talvez fosse uma boa ideia. Sem enfeites e falação. Para não esquecer, é bom que fique neste canto, aguardando para talvez se transformar em algo real, ou não. Seria legal...

sábado, 20 de abril de 2013

"Talvez, negativas...talvez...."



Observo. Penso muito. Não deveria. Não, nunca vou conseguir te passar o que sinto agora. Na verdade, nem eu sei. Felicidade ou tristeza. Talvez seja tudo e nada ao mesmo tempo. Sempre quando olho para eles, eles todos, me vejo de um modo insignificante. Eu sei que sou. Sempre fui. Mas... na verdade é tão deprimente ver todos seguirem e eu estar aqui, parado, somente observando e não conseguir me mover. Minhas pernas tremem. O medo vai tomando conta de mim, junto com uma vergonha que ela me disse que eu não deveria ter. Por um momento pensei que iria chorar. Vergonha sim. Eu devo me ridicularizar. Não existe forma de me sentir bem, que sou algo, sabendo que nada faço pra mudar isso. Sei; estou sendo dramático. E é isto que mais me envergonha. Nada foi como eu queria que fosse naquele mês. A criação não foi como a dela. É incrível ver toda a força e felicidade com que ela vive. Eu admiro. Por quê? Por que faço isto? Pois só existe eu neste quarto, a chuva deixou o telefone mudo, não tenho como ligar para meu amigo. Se bem que ele provavelmente deve estar ouvindo cada palavra que estou dizendo, com a minha voz meio rouca, tremida, lenta... Novamente: o que quero? Nada. Sim. Preciso afirmar a mim mesmo que estou abaixo. No ultimo degrau da escada velha de madeira. Estreita. Fico cabisbaixo no meu canto, tentando ouvir o silencio, desaparecer deste mundo. Ele parece me engolir, parece que vai me consumindo com esta imensa escuridão que talvez seja tristeza e nem por um instante felicidade. Olhe: a culpa é toda minha. Deixo-te escolher: se quiser ir embora, pode ir, não tem problema. Eu ficarei bem sozinho aqui. Eu não quero te pedir para que fique, por mais que queira. Pode não me abandonar? Por favor, fique aqui comigo. Não me esqueça. Ou esqueça... eu queria dizer aquilo, mas não. Eu não quero que ninguém me ajude. Quem irá ajudar, fara isso de qualquer modo. Não sei se você é esta pessoa. Talvez seja eu mesmo. Sim, sou eu. Minha confusão acaba por aqui. Mas a sensação não sai da mente. Ela esta lá, me ajuda a tira-la. Não a suporto por muito tempo. Meus batimentos caem. Sinto frio. Minha esperança: Podem ir, vou ficar aqui com meus papeis e meu lápis... podem ir. Ficarei bem. Deixarei tudo que fui, que sou, e que não mais serei nestas folhas que já estarão velhas quando encontra-las. Talvez consiga aprender um pouco com elas. Guarde-as para ti. É a historia de uma vida...

 Os últimos instantes foram de esperança. Que aquelas folhas velhas, pudessem ajudar alguém. Era isso o que lhe deixava feliz, seu sorriso me fez alegre, me trouxe paz, diante do desmoronamento de sua vida. Se aquelas folhas não fossem encontradas... talvez sua historia nunca será conhecida. Isto não o deixava triste, pois elas estariam lá, enterradas em terra. Mas se fossem encontradas, poderiam mudar o mundo. Ou uma pessoa que seja. Ou nada novamente. É que a sensação que ela pudesse mudar, sumiu, não sei como. Por isso desacredito novamente. Você que segura estas folhas, a vida dele não parece ser tão pesada, não é mesmo? Tu tens uma vida em tuas mãos. Ou talvez a morte...

 O grafite esta acabando. Vou apontar o lápis, já volto...
 

Nem pão, nem leite

Pensei em escrever. Há muito tempo isso não acontece de fato. Os anos passaram, algumas coisas mudaram e outras não. A civilização continua...